Comunidades judaicas no Islam
Irã, Síria e Egito foram apenas alguns dos dez países islâmicos que fizeram parte do roteiro de viagem do físico e fotógrafo Michel Gordon, judeu descendente de marroquinos, que conheceu esses locais para registrar como vivem as comunidades judaicas , depois de concluir que a criação do Estado de Israel, em 1948, as guerras e as ditaduras levaram ao fim dessa população espalhada pelo mundo.
Comunidades judaicas em países de maioria muçulmana foram registradas pelas lentes do fotógrafo durante suas viagens. Alguns dos locais visitados foram: Irã, Líbano, Egito, Marrocos, Tunísia, Uzbequistão eTurquia.
Fazendo um retrospecto de todos os lugares que visitou, Gordon diz que a religião não era a característica mais predominante nas comunidades. "Outros pontos eram mais interessantes, como, por exemplo, a arquitetura da região e o canto do 'muezzin' chamando para a reza na mesquita", explica o fotógrafo.
Em alguns dos países visitados, Gordon diz que quase não existem mais comunidades judaicas. No Egito, por exemplo, há uma comunidade com apenas cem judeus. Na Síria, os poucos que vivem por lá são prisioneiros de uma ditadura, mas isso não significa que eles sofram algum tipo de anti-semitismo. Na Tunísia, o diferencial é que os judeus são protegidos pela polícia.
Segundo o fotógrafo, até a criação de Israel, havia cerca de 1 milhão de judeus vivendo nestes países. Hoje, o número não chega a cem mil. Ele afirma que há cerca de 3.000 judeus hoje no norte da África, em países como o Marrocos, a Argélia, o Egito, e principalmente a Tunísia. No Oriente Médio, há cerca de cem judeus na Síria, 6.000 na Turquia, 20 mil no Irã e nenhum no Líbano, Arábia Saudita e Jordânia.
Uma característica importante de todas essas comunidades é que elas seguem a liturgia judaica com bastante afinco. A sinagoga é um ambiente de encontro para este povo que, além das rezas, coloca em dia os acontecimentos do cotidiano.
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