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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Malditos pacifistas

Acho que foi o Ambrose Bierce quem disse que os maiores provocadores de guerras são os pacifistas.

Em um ótimo post recente, Fábio Marton observou:

[P]acifismo é apenas a ilusão infantil, mimada, de que não existem inimigos verdadeiros e não existe derrota, uma ilusão que depende de jamais se estabelecer um limite para até onde se pode ceder, que há as coisas que podem ser negociadas e coisas que não podem. "Átila quer nossas irmãs e sobrinhas? Hmm... pode ser só as irmãs mais velhas?". Como várias outras idéias fracas mas populares, o pacifismo é tomado por sabedoria porque é o caminho de menor esforço aos moralmente preguiçosos.

De fato, o pacifista é, muitas vezes, um covarde que celebra as humilhações impostas pelo inimigo, desde que pareçam um "acordo". Ao aceitar as mais ultrajantes pretensões de igual para igual, o pacifista fica à mercê de qualquer tirano ou agressor.

O verdadeiro pacifista não é aquele que cede a tudo em nome da paz, é o que deixa claros os limites e tem a força ao seu lado.

Mas nossa época é única ao ter, não apenas pacifistas covardes, como "pacifistas preventivos". Antes de que qualquer guerra estoure, lá estão eles entregando de bandeja todos os seus mais preciosos bens, em nome da "paz".

Na guerra do Irã contra o Iraque, o governo iraniano importou 500.000 chaves de plástico de Taiwan. Os mulás entregaram as chaves a equivalente número de crianças e disseram a elas que eram as chaves do paraíso. Logo as mandaram caminhar por campos minados. Como as crianças explodiam em mil pedaços, os mulás logo determinaram que estas primeiro se enrolassem em lençóis, para que as partes não se espalhassem e elas pudessem ser enterradas sem perda de tempo.

Pois foi com esse grupo de assassinos de crianças que, recentemente, um grupo de atores Hollywoodianos quis dialogar. A comitiva foi a Teerã a mando de Obama, justamente com o intuito de celebrar o "diálogo cultural entre os povos". A reação dos mulás foi de desprezo e rejeição. Exigiram que antes de querer dialogar com o Irã, Hollywood pedisse desculpas pelos "abjetos" filmes "300" (onde os persas sao derrotados pelos gregos) e "The Wrestler" (onde há um lutador chamado "Aiatolá" e uma bandeira iraniana é rasgada).

Mas o mais curioso de tudo é mesmo ver como o pacifismo mais johnlennoniano se transforma rapidamente em brutal sede de sangue humano. No blog do Orlando Tambosi, um comentarista anônimo irritado com o "genocídio em Gaza" afirma:

Espero que o Irã desenvolva logo sua bomba atômica, pois só assim a região finalmente terá paz. A paz atômica. (*)

Preocupado com a morte de algumas centenas, o pacifista deseja como "solução" a morte de milhões. Alias, acho que isso define bem o que é um pacifista.

Blog do Mr X

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