Obama confia nos árabes
O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, George Mitchell, afirmou nesta segunda-feira que o presidente Barack Obama quer "todo o esforço" na retomada do diálogo de paz entre os israelenses e os palestinos e quer a fundação rápida de um Estado palestino que seja "independente e viável".
Nesta segunda-feira, Mitchell compareceu a uma conferência de doadores de palestinos, em Oslo (Noruega), e reforçou a necessidade de dar apoio para a Autoridade Nacional Palestina (ANP), do líder Mahmoud Abbas, cuja autoridade não é reconhecida pelo grupo radical islâmico Hamas, que domina a faixa de Gaza.
"É importante que sejam construídas instituições e um governo para que, em breve, possa haver um independente e viável Estado palestino."
O ex-senador americano, considerado um dos artífices da paz na Irlanda do Norte, viaja nesta semana para o Oriente Médio, em sua quarta visita à região desde que assumiu a função, em janeiro passado. De acordo com Mitchell, seu papel será o de "normalizar as relações" entre Israel e vizinhos, o que serve "aos interesses de segurança dos EUA".
Na semana passada, em seu discurso ao mundo muçulmano, no Cairo, Obama pressionou Israel publicamente a aceitar um Estado palestino, dizendo ser o "único meio de atender as aspirações de ambos os lados". "Que não fiquem dúvidas: a situação do povo palestino é intolerável. Os EUA não vão dar as costas para a legítima aspiração dos palestinos por dignidade, oportunidade e um Estado seu."
O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que irá apresentar os "princípios" de sua "política de paz e segurança" em um discurso que será realizado nos próximos dias. Ele tem evitado falar na criação de um Estado palestino independente e afirmou que "não é razoável" o pedido de Obama para congelar as colônias judaicas estabelecidas em territórios palestinos ocupados na Guerra dos Seis Dias (1967).
Nesta segunda-feira, Abbas, descartou a retomada das negociações de paz enquanto Israel não aceitar a solução baseada na criação do Estado palestino. "Sobre que base negociar se é recusada uma solução baseada em dois Estados?", questionou Abbas em Ramallah, que é considerada sede do governo da ANP na Cisjordânia.
O presidente da ANP ainda pediu que Israel "respeite os compromissos previstos na primeira etapa do Mapa do Caminho que estipula o fim da colonização, incluindo o crescimento natural, o fim das colônias ilegais e a reabertura de instituições palestinas em Jerusalém". O Mapa do Caminho é o plano de paz americano que norteia as negociações do conflito desde 2003. Ele prevê a criação de um Estado palestino vizinho a Israel.
France Presse, Reuters e Associated Press
Comentário:
O que eu acho mais interessante nessa história, é que se pressiona só Israel, como se os judeus fossem culpados pelo drama palestino. Até hoje eles não cumpriram nenhum dos ítens dos acordos. Israel saiu de Gaza e ganhou foguetes na cabeça. Abbas é um grande mentiroso e aproveitador. Alguém acha que eles querem fundar um país e perder a mamata dos donativos.
Os judeus sabem que confiar em árabes nunca deu certo. Aqueles com toalha na cabeça que o Aluisio Amorim fala. Obama está caindo na conversa de terroristas que sonham em destruir Israel.
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