Simbolos Judaicos
SÍMBOLOS RELIGIOSOS
De acordo com a religião, a palavra Torah refere-se originalmente a uma instrução particular transmitida ao povo por um porta-voz de Deus, como um profeta ou sacerdote, mas como esses ensinamentos consistem principalmente em preceitos, a palavra Torah é muitas vezes traduzida como Lei. Durante a formação da Bíblia hebraica houve um processo de seleção e foram incluídos somente os livros que se acreditava terem sido escritos por profetas sob inspiração divina. A Bíblia judaica tem um total de 39 livros.
Chamsa
Na antiguidade era um talismã em forma de mão usado pelos fenícios, gregos e romanos, como um meio de afastar o mau-olhado. Tornou-se um amuleto popular no norte da África e no Oriente Médio. Os judeus, convivendo com os povos árabes, incorporaram o costume, embora a chamsa não tenha nenhum fundamento na lei judaica.
Estrela de David
A estrela é composta por dois triângulos, um com a ponta para cima e o outro para baixo. Um deles aponta para tudo que é espiritual e santo. O outro aponta para baixo tudo que é terreno e secular. Ao levar uma vida baseada no Torah, o judeu luta para unir o mundo espiritual ao terreno, o sagrado e o secular.
Kipá
Cobrir a cabeça é uma alusão à onipresença divina e conscientização de que a humildade é a essência da religião.
Não se sabe ao certo quando e por qual motivo surgiu o costume do uso da Kipá e por muito tempo as autoridades religiosas não consideravam obrigatório o seu uso. Somente no século 19, os judeus ortodoxos adotaram a kipá como símbolo da particularidade judaica e fizeram do costume uma lei.
Foto: www.kipa.com.br
Menorah
Quando o templo dos judeus foi destruído, a menorah tornou-se o principal símbolo artístico e decorativo da fé judaica. Ela é um dos símbolos nacionais do povo judeu e da identidade de Israel. A menorah é composta por sete braços ao todo, sendo uma haste central e três braços que saem de cada lado.
Mezuzá
A mezuzá é uma pequena caixa tubular que contém um pedaço pequeno de pergaminho, no qual estão escritas passagens bíblicas que fazem parte do “shemá” (oração da unicidade de Deus). Na parte superior ela traz uma marca com a letra “Sh” da palavra Shadai (um dos nomes místicos de Deus), e também impressa no verso do pergaminho.
Seu propósito é conscientizar o homem da unicidade de Deus e da presença Divina. A mezuzá deve ser afixada em quase todas as portas da casa o mais cedo possível, pois ela é uma mitsvá que dá proteção. É afixada no portal direito da entrada do aposento em posição inclinada. Cada entrada de um cômodo necessita de uma mezuzá, exceto nos banheiros. Costuma-se beijar a mezuzá toda vez que se sai ou entra em casa.
Talit
O talit é uma espécie de manto geralmente feito de linho, lã ou seda, com as franjas do mesmo material. Tem origem num dos mandamentos bíblicos contidos no Livro dos Números, o qual ensina que o indivíduo deve usar franjas nos quatro cantos da roupa.
O talit tem como objetivo lembrar do dever de observar fielmente todos os 613 mandamentos da Torah
FAMÍLIA
A família desempenha um papel muito especial no judaísmo. É dela que os judeus recebem sua identidade cultural e sua educação básica. Um exemplo é a família da psicóloga Ana Fraiman, diretora da Universidade Aberta da Terceira Idade e consultora empresarial de preparação de aposentadoria. Ana diz que a família judaica é muito unida e que as gerações atuais são muito traumatizadas por causa das guerras e das perseguições, esses fatores seriam primordiais para entender a segurança no seio familiar. A família de Ana é um exemplo de união e força. Trabalha com a filha Dinah na Faculdade Aberta, com o filho Leonardo na consultoria e o marido Samuel está sempre por perto apoiando. A mãe dela, Ruchla Perwi possui uma experiência enorme de vida. Chegou da Polônia com nove anos de idade e mais quatro irmãos. O pai, sapateiro morreu depois de dois anos de chegar ao Brasil, hoje, depois de muita luta, Ruchla continua linda e acompanha a filha em muitos eventos. Falando da famosa Mãe Judia, a psicóloga comenta que “existe um estereotipo, mas que na realidade a mãe judia ama os filhos de uma forma incondicional, possui uma presença marcante na vida deles e isso traz uma força emocional muito grande para a prole”.
Casamento
O casamento para os judeus é considerado o modo de vida ideal, instituído por Deus, e é o único tipo de coabitação permitido. Um judeu tem por obrigação casar com uma pessoa judia, porém os casamentos mistos estão se tornando cada vez mais comuns.
Alguns dias antes do casamento a mulher deve tomar um banho ritual. No dia do casamento, o noivo e a noiva ficam em jejum até o final da cerimônia. O casamento pode ser celebrado em qualquer lugar, mas normalmente acontece na sinagoga, debaixo de uma espécie de toldo (hupá) que simboliza o céu. Em geral é um rabino que realiza a cerimônia e lê as bênçãos e exortações, Os noivos então compartilham de um mesmo copo de vinho, como sinal de que irão dividir tudo o que a vida lhes trouxer. Em seguida, o noivo põe a aliança no dedo da noiva, dizendo em hebraico: “Eis que tu és consagrada a mim por esta aliança, segundo a Lei de Moisés e de Israel”.
O casamento começa com a leitura de sete bênçãos especiais; depois disso o casal toma vinho mais uma vez e o noivo quebra um copo de vidro, lembrando a todos que mesmo na maior alegria o povo judeu deve se lembrar da destruição do Templo Sagrado de Jerusalém e continuar a almejar pela sua reconstrução. Entretanto, há outros significados para a quebra do copo: os judeus acreditam que são como o vidro, que mesmo quebrado, pode ser reconstituído e que através do sincero arrependimento são perdoados.
No fim da cerimônia, costuma-se oferecer uma grande festa onde os recém casados são colocados em cadeiras e levantados com alegria. Depois da cerimônia vem o banquete com os pratos típicos judaicos.
Bar Mitsvá e Bat Mitsvá
Aos treze anos o menino judeu se torna um Bar Mitsvá, expressão em hebraico que significa “filho do mandamento”. Isso acontece na sinagoga. Durante o ano precedente ele deve ter aulas com um rabino ou outra pessoa instruída, para aprender as leis e os costumes judaicos. Deve também aprender o trecho da leitura da Torá que será feita no sábado em questão. Quando chega o dia, ele deve se levantar e ler alto seu texto, cantando-o conforme o costume. Isso confirma que ele passou a ser um membro pleno da congregação, com todas as responsabilidades que daí decorrem. Depois da cerimônia é hábito oferecer uma festa para a família e os amigos.
Uma menina se torna automaticamente Bat Mitsvá (filha do mandamento) quando completa doze anos. Costuma-se celebrar esse fato no primeiro sábado após seu 12º aniversário. Para isso ela prepara algumas palavras que deve dizer com a bênção (o kidush) depois do serviço. Por volta dos quinze anos as meninas aprendem o principal da história e dos costumes judaicos, particularmente as regras alimentares, que são responsabilidade da mulher.
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