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segunda-feira, 27 de abril de 2009

A Escalada contra os judeus

Quando nos reunimos para lembrar o Holocausto da Segunda Guerra Mundial, que este ano cai no dia 21 de abril – 27 de Nissan, (dia 20 à noite) em memória também do Levante do Gueto de Varsóvia de 1943, outra preocupação nos envolve, ao lado de chorar e reverenciar os nossos mais de 6 milhões de mortos pela sanha nazista: o recrudescimento do nazismo, o nazismo que se alevanta em todas as partes do mundo, e aqui no Brasil, seja explicitamente, seja travestido de antissionismo, seja tentando dividir os judeus, seja na nova Conferência das Nações Unidas contra o Racismo, batizada de Durban II, em Genebra, a se iniciar no dia 20 de abril, coincidente com o aniversário de Hitler.

Durban I, na África do Sul, foi uma Conferência sobre Direitos Humanos, convocada pelas Nações Unidas, e que demonstrou violar, abertamente, os Direitos Humanos. Durban II segue pelo mesmo caminho, caminho que o mundo, e até judeus, não entenderam no Século passado, que levaria ao Holocausto da Segunda Guerra, como pode levar a matanças atualmente. A credibilidade da Conferência Durban II fica comprometida quando se observam seus principais patrocinadores: Líbia, Cuba e Arábia Saudita contribuíram, cada um, com US$150.000; China US$20.000; Irã US$40.000; Rússia, que coordena o Comitê para a redação da Declaração final, doou US$ 600.000. A Presidência dessa Conferência, em Genebra, Suíça, é da Líbia, a Vice-Presidência do Irã e a Relatoria de Cuba. O que esperar? Falando no Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Ministro do Exterior da Holanda, Maxime Verhagen, disse: “O que não se afigura legítimo é tornar todo o Conselho de Direitos Humanos da ONU refém dessas divergências. Por exemplo: o texto preliminar da Declaração final não é aceitável. Esse texto não se detém nos desafios do problema do racismo, mas a temática da Conferência Mundial é usada por alguns para nos impor a aceitação dos seus conceitos de difamação da religião e de conflitos regionais”.

Também o jornal ‘Japan Times’, em editorial de 10 de março passado, escreve que “reuniões como essa acabam solapando a credibilidade das Nações Unidas”. E o representante alemão no Parlamento Europeu, Alexander Graf Lambsdorff, conforme o International Herald Tribune, de 8 de março passado, disse: “O Ocidente não pode aceitar um texto que coloca a religião acima dos indivíduos, deixa de condenar discriminações com base na orientação sexual, deixa de condenar o antissemitismo enquanto iguala sionismo a racismo”. Isso porque países islâmicos consideram que criticar o terrorismo de grupos islâmicos é difamação religiosa... Evidente forma de deturpar os fatos.

Tudo isso nos lembra do início das hostilidades antijudaicas que descambaram no Holocausto. Um mês depois da ascensão de Hitler, já em março de 1933 se liam nos jornais brasileiros as atrocidades nazistas contra os judeus na Alemanha. E o que estamos vendo ocorrer aqui, no nosso país, não nos deixa tranqüilos. Estamos vendo uma escalada antijudaica, antissionista, tratando de jogar os judeus uns contra os outros, contra Israel, deslegitimando o Estado de Israel, por meio de arabistas, através de cursos na PUC de São Paulo, debates nas TVs, e textos na Internet, tudo com apoio do Irã e Círculos Bolivarianos de origem venezuelana, de partidos brasileiros de esquerda, pregando a destruição de Israel e uma vasta declaração de mentiras históricas, para confundir a opinião pública, colocando-a contra os judeus. No próximo dia 6 de maio chega em visita ao Brasil o Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto, que prega abertamente a destruição de Israel e o genocídio contra os judeus, lamentando que todos os judeus não estejam em Israel, pois facilitaria o seu trabalho. Trabalho? Genocídio declarado.

Aconteceu no Rio a LAAD 2009- (Latin America Aerospace and Defence), onde, também Israel esteve presente, entre muitos outros países, mas só a presença de Israel mereceu manifestação contrária de pequenos grupos organizados da esquerda. Houve participação oficial com discursos violentos do PCdoB, da CUT, e do PSTU. Para o PSTU o discurso era o das "armas assassinas de Israel". Para o PCdoB a coisa foi mais longe, disse claramente que a LAAD "existe no mundo inteiro, foi trazida para o Brasil apenas por pressão de Israel, que o governo brasileiro se curva a Israel", O orador da CUT foi claro ao citar algumas vezes o "exército assassino ISRAELITA", mas ele sabe muito bem a diferença entre israelense e israelita.

O ALERTA fica registrado. Precisamos ficar atentos para não chorar depois. Enquanto isso mais foguetes palestinos caem em Israel e mais ataques terroristas buscam atingir civis em Israel, incluindo turistas percorrendo a Via Dolorosa, em Jerusalém. Mas, na próxima semana, lembramos o restabelecimento da pátria judaica, o Estado de Israel. Assim caminha a humanidade.





Escrito por: Herman Glanz, presidente da organização beneficiente Bnei Brith do Rio de Janeiro

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