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sábado, 25 de abril de 2009

Itaipú - A maior do mundo

Polêmica binacional
Livro conta a história de Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo, e contesta a tese de um Brasil imperialista

Camila Pati

MODERNIDADE Legado de Itaipu foi avanço tecnológico, mas não solucionou divergências entre Brasil e Paraguai

A construção da usina de Itaipu possibilitou à indústria nacional chegar a um patamar inédito, além de legar ao País rigorosas referências de controle de qualidade. Embora sua herança tecnológica seja indiscutível, quase 30 anos depois, a hidrelétrica, encravada no leito do rio Paraná, divisa entre Brasil e Paraguai, continua a ser objeto de polêmica internacional.

O Paraguai alega ser prejudicado pelos termos do acordo e propõe a revisão do Tratado de Itaipu, de 1973, sob o argumento de que foi assinado em período de ditadura. Já o Brasil sempre descartou uma mudança no contrato. O presidente paraguaio, Fernando Lugo, promete tratar da contenda de Itaipu com o presidente Lula, em abril. Ele quer valores mais altos para a tarifa sobre o excedente de energia produzido do lado paraguaio. Pelo acordo, a energia que não é consumida só pode ser vendida ao Brasil.

Este cenário de indefinição do destino da maior hidrelétrica do mundo é o tema do livro do jornalista Tão Gomes Pinto, Itaipu: integração em concreto ou uma pedra no caminho (Ed. Amarylis, 180 págs., R$ 39). "Conto uma história que muita gente já esqueceu", diz o autor. O relato desperta interesse político e tecnológico. Itaipu foi idealizada pelo Itamaraty para solucionar uma briga de fronteira. Sem deixar de dar crédito ao esforço paraguaio, ele mostra que o Brasil foi o grande responsável pelos empréstimos internacionais e pela tecnologia empregada na obra. "O Brasil praticamente pagou Itaipu inteira, e isso só foi possível graças à engenharia financeira da Binacional, o segredo de Itaipu", revela. A obrigatoriedade de repasse do excedente enérgico ao Brasil resultou na certeza de consumo de toda a produção e gerou confiança nos investidores. Em 2023, prazo final da quitação da dívida da Binacional, o Paraguai se tornará dono de metade da usina, avaliada em US$ 60 bilhões, mas quem paga a conta de Itaipu é o consumidor brasileiro.

O autor destaca ainda a forte presença das correntes de esquerda no governo Lugo que alimenta o sentimento de hostilidade ao Brasil. É esta visão política, segundo o jornalista, que coloca o País como o "vilão imperialista" do continente. Ele lembra que o secretário particular de Lugo é Marcial Congo, ex-dirigente do MST gaúcho. Além da controvérsia em torno de Itaipu, esta influência avança sobre outras questões, como o tratamento dado aos brasileiros proprietários de terra no Paraguai. Os "brasiguaios" se veem constantemente ameaçados de expulsão pelos semterra paraguaios. Em comum, as duas questões refletem aspectos da história ainda sem solução.

"O Brasil praticamente pagou Itaipu inteira graças à engenharia financeira"

Tão Gomes Pinto, jornalista


Meus Comentários: Uma mamata dessas nenhum outro país no mundo vai conseguir.
Ganhar metade da maior hidroelétrica do mundo sem fazer nada. Só porque é dono da metade do rio. Nós os brasileiros que pagamos impostos é que somos os donos.
Não é o Brasil todo como falam os petralhas, eles não pagam impostos, portanto
não são donos de nada. E os paraguaios ainda reclamam, não estão satisfeitos.
Quando o nosso governo vai parar de dar o que não lhe pertence ?

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