Paquistão mete bala em terroristas
Governo do Paquistão acredita que 500 mil pessoas devem deixar o país.
Militantes estariam proibindo fuga de moradores.
Moradores tentam fugir do Vale do Swat (Foto: AP)
Um jato paquistanês bombardeou uma cidade do país controlada por talibãs, nesta sexta-feira (8). O exército confirmou que 140 militantes foram mortos nas últimas 24 horas.
Os moradores da região fizeram um apelo por uma pausa nos conflitos para que pudessem evacuar a área. O governo acredita que 500 mil pessoas devem deixar o Paquistão por causa dos conflitos.
Exército paquistanês invade as ruas para combater talibãs (Foto: AP)
O primeiro-ministro paquistanês, Yousuf Raza Gilani, recorreu à ajuda internacional, nesta quinta-feira (7), para combater o crescimento do número de refugiados e combater os militantes.
"Eu peço que a população do Paquistão apoie o governo e o exército. Estamos comprometidos em eliminar aqueles que acabaram com a paz e a calma da nação e que tentaram fazer do país um refém", disse Gilani.
Milhares de pessoas que continuam presas nas regiões em guerra afirmam que o Talibã veta quem deseja deixar a cidade.
"Queremos ir embora, mas não podemos. Seremos mortos, nossas crianças serão mortas, nossas mulheres serão mortas e esses talibãs conseguirão escapar", disse Hidayat Ullah, morador da região.
Para dar fim à ofensiva, o governo assinou um acordo de paz no Vale do Swat com base na lei islâmica da região. Mas o acordo deixou de ser cumprido em abril, quando os talibãs se mudaram para Buner, a 100 km de Islamabad.
O Paquistão promoveu cerca de 12 operações na fronteira, nos últimos anos. A maioria, no entanto, chegou ao fim sem conclusão, após destruição em massa e grande número de civis mortos.
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