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sábado, 25 de abril de 2009

Já acharam um jeitinho de fumar

A lei antifumo e o jeitinho alemão




Domingão tem São Paulo e Corinthians, a crise ainda taí, as paulistanas continuam lindas mas, nesta semana, o assunto que entrou na pauta dos filósofos e desiludidos de botequim foi mesmo a tal lei antifumo baixada pelo governador José Serra.

Já escrevi uma vez neste blog sobre o quanto fico irritado quando saio de um bar e percebo que estou, inteirinho, cheirando a tabaco. Razão pela qual defendo, obviamente, a criação de fumódromos nesses locais. Se você que me lê é fumante, acho justíssimo o seu direito de acender um cigarro – longe, bem longe de mim e de quem não fuma.

Leis como essa não são novidade, bem lembra a reportagem na VEJA desta semana. Desde 2007 o cigarro está proibido nos pubs londrinos, nos cafés de Paris e em bares alemães. Como na Europa o respeito às leis é, digamos, maior do que no Brasil, já que muita gente sabe que pode ir para a cadeia por pouco, não se veem mais fumantes em lugares fechados.

Maaasss... Se por aqui ainda não foi descoberta nenhuma brecha na lei Xô, Fumaça do Serra, os frequentadores do Dreyer, em Hamburgo, deram um jeitinho para continuar dando suas pitadas no ponto de encontro de todas as noites.

Esse botecão tornou-se a sede de um certo “Clube da Fraternidade Entre os Povos”. Diz a lei tedesca que algumas entidades privadas estão desobrigadas de vetar o cigarro. Ocorre mais ou menos o seguinte: fumar no bar, não pode. Num clube, tudo bem. Logo, o Dreyer cumpre a lei e mantém a freguesia satisfeita.

Tornei-me sócio do tal Clube – depois de pagar a taxa de adesão de 1 Euro e de não ter levado bola preta – no mesmo dia em que estive lá: 23 de julho de 2008. Antes que me acusem de demagogia, afinal não sou fumante, digo que o fiz simplesmente para fincar minha bandeira num dos mais autênticos knipes hamburgueses.



Fundado em 1923 no bairro de Saint Pauli (a Vila Madalena de lá), o Dreyer tem essa carona de pub aí da foto acima. As paredes e alguns armários expõem uma coleção de 160 relógios. A cozinha, por sua vez, prepara um genuíno frikadelle. Trata-se de um bolinho de carne frito, temperado com cebola, ervas e manteiga, do tamanho de um bifão de hambúrguer.

Nas duas ou três primeiras mordidas, estranhei um pouco, porque o negócio me foi servido completamente gelado. Disse-me uma amiga, porém, que é assim mesmo. Segui adiante, temperando com mostarda escura, intercalando uns goles de cerveja. E fumando um cigarrinho por tabela.

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