Ajude a manter o blog

terça-feira, 28 de abril de 2009

A Midia pegou a pessoa errada

Por Mathilda Kóvak


Segundo a nova reforma ortográfica, deste grande reformatório luso-brasileiro em que estamos todos internados, anti-semitismo se escreve agora com dois esses, assim: anatiSSemitismo, bem ao gosto dos SS, seus maiores avatares.

O antiSSemitismo, contudo, não foi privilégio apenas dos nazistas. O judeus foram perseguidos, desde seu aparecimento, há seis mil anos, numa comunidade de escravos do Egito. Do êxodo d´antanho aos dias de hoje, o estigma de um povo miscigenado, mestiço, como nós, brasileiros, se estendeu pelo mundo e, no cientificista século XIX, os pesquisadores da eugenia já mediam orelhas, lábios, mensuravam ossos..., de judeus e negros.

Não sou judia, mas, no meu sistema vascular samba-do-crioulo-doido, circula sangue judeu, árabe, negro, inglês, sueco, indígena, escocês e, claro, niteroiense aspirante a paulistano. Portanto, estou autorizada a falar sobre a espécie humana, tanto no que concerne a suas notáveis qualidades, quanto a seus notórios defeitos, sem correr o risco de passar por racista ou por recalcada. E, se passar, também não me incomodarei.

Não sou, tampouco, muito versada nos conflitos do Oriente Médio, mas eu moro numa cidade onde 12 mil pessoas são assassinadas por ano – o Rio de Janeiro. Num país, onde 220 mil semelhantes são eliminados pela violência, Brasil. E ninguém se mobiliza para reduzir estes números. O Rio, por sinal, se parece bastante com a Berlim nazista. Uma carnificina diária, nas nossas barbas – pelas barbas do profeta! - e quase todos se chafurdando no pó e no álcool, na cannabis cansativa e nos blocos de carnaval, como se nada estivesse acontecendo. Bom lembrar que a cocaína era uma droga muito comum na Áustria, onde um judeu, depois de dar um teco, inventou a psicanálise, e um cristão (?) concebeu o nazismo, depois de dar outro.

Dizia, moro numa cidade onde a barbárie convive com a paralisia. De uma hora para outra, entretanto, minha caixa postal se viu abarrotada de emails, plenos de discursos bem articulados, índices remissivos, notas de roda pé, paixões em fúria calçadas pela razão em forma, bom senso e bons sentimentos de mãos dadas... contra Israel! Como se não bastasse, eu, que não sou judia, mas adotei um pseudônimo do Leste Europeu, levei bronca, pela “vergonha” que o “seu governo” está passando etc. Por alguns segundos, eu pensei: “puxa, eu pago os maiores impostos do planeta, as maiores taxas de juros, e ainda sou xingada, porque o governo brasileiro é o mais corrupto do atlas e tem, no comando, um alienado nouveau riche?!” Demorou mais uns 10 emails até me dar conta de que meus interlocutores se referiam ao governo israelense. Então, eu resolvi ler tudo, desde seis mil anos atrás até os dias de hoje, para poder tecer en passant alguns comentários a respeito desta mobilização sem precedentes na nossa história de alienados crônicos, solidários a um grupo terrorista, que usa civis, entre os quais, crianças, como escudos. Parte provável do idioma, não apenas do reformatório, mas do panóptico da novinlíngua local.

Os críticos dos ataques israelenses em Gaza iniciam sua censura, comparando-os ao holocausto, naturalmente, inebriados pelo espetáculo purpurinado dos mass media, esta invenção nazista adotada pela nossa TV Goebbels e demais emissoras neo-SS e, apenas por esta observação, já mereciam ser levados a um novo tribunal de Nuremberg e condenados a capim e água, para o resto de seus dias.

Nunca, em toda a história sanguinária de nossa civilização, existiu nada, absolutamente nada, que se compare ao genocídio de seis milhões de judeus. Se vocês nunca estudaram matemática, sequer conhecem as quatro operações, peguem uma calculadora japonesa de camelô e façam as somas. Nos ataques a Gaza, podem morrer no máximo mil, duas, três mil pessoas, por alto. Seis milhões de judeus morreram no holocausto. SEIS MILHÕES de judeus, dos quais, DOIS MILHÕES aproximadamente eram crianças.

Se estes analistas políticos, que melhor fariam em jogar batalha naval para matar o tempo, estiverem com a cabeça turva, em conseqüência de anos e anos de televisão, eu compreendo e sugiro que dêem um espiada, e uma expiada, nos footages do holocausto, disponíveis no youtube, para ver que comparar o que quer que seja com a escravização e tortura, pela fome e pelo frio, por experiências médicas alucinadas, e demais atrocidades, até o extermínio, de um grupo equivalente à população do Rio, é o mesmo que comparar uma unha encravada com uma metástase.

O próximo passo (de ganso) será, quando o Obama - o Jesse Owens das Olimpíadas eleitorais - entrar nesta guerra, estas pessoas passarem a dizer que os negros são escravagistas e comparar os ataques aos quatrocentos anos de escravidão negra no Brasil, que, por sinal, ostenta também este recorde.

Tomem vergonha na cara, pelo amor de Jesus Cristo, que era judeu! De Marx, que era judeu! De Einstein, que era judeu! De Woody Allen, Susan Sontag, Charlie Chaplin, Cary Grant, Judy Garland, Jerry Lewis, Dorothy Parker, Fran Lebowitz, Leon Trotsky, Bob Dylan, Marc Chagall, Marx Brothers, George e Ira Gershwin, Phillip Roth, Jim Henson, Norman Mailer, Sigmund Freud, Carl Jung, Ferenczi, Stravinsky, Stokowsky, Ringo Starr , Billy Wilder, Gene Wilder, Al Jolson, Elves Costello, Peter Sellers, Charles Bukowski, Anita Loos, Harold Bloom, Walt Whitman, Leonard Bernstein, Stephen Sondheim, Stephen King, Stephen Hawking, Stephan Zweig, Carole King, Irving Berlin, Fred Allen, Rogers, Hart e Hammerstein, Marty Feldman, Don Addams, Frank Zappa, Clarice Lispector e... ela, a Nova Messias, Amy Winehouse!

A palavra “judeu” quer dizer escravo. Termo que foi absorvido com savoir faire por esta cultura, prescindindo da chatice do politically correct e optando sempre pela arma mais cara a seu povo que, ao contrário do que a imprensa neonazista contemporânea quer fazer crer, são o humor e a inteligência, artigos em extinção nas melhores casas do gênero – humano. Vide o idiota do Mel Gibson, por exemplo, que, depois de ser preso por dirigir bêbado em Los Angeles, invectivou judeus, em alto e bom som, afirmando ter sido o holocausto uma fraude. Parece que ele está fazendo escola mundo afora. Eu estou com outro Mel, o Brooks, judeu, e não abro.

Ainda que estupefata com tamanha burrice, que vai de opiniões despejadas pelos meios de comunicação a mensagens apócrifas de spams assinados por Saramago, que duvido saiba sequer que lhe andam atribuindo este bestialógico virtual, me darei ao trabalho de tecer algumas considerações sobre o que acontece no Oriente Médio hoje, bem como no resto do mundo, a pedido de nosso editor, Edson Cruz, fã, como eu, do gênio do Milênio! Amy! Amy! Amy!

Comecemos, pois, por ela, que não é Ronaldinho, mas é negra e fenômeno. Amy Winehouse é a fusão personificada das duas culturas mais importantes e ricas do século XX, para dizer o mínimo. As culturas negra e judaica. Nunca uma cantora “branca” encarnou uma negona, aliás, todos os gênios negros, numa só criatura. Nem mesmo Janis Joplin logrou atingir tamanho grau de xamanismo musical. Não me admira que a menina tenha enlouquecido, tanto quanto sua antecessora. Vai rodar a baiana, que aliás também assina a gira, numa Carmen reeditada, com Billie Holliday, Etta James, Dinah Washington, Martha and the Vandellas, Bessie Smith, todas elas ali, encostadas e soando ao mesmo tempo, sem ficar doidona. É muito caboclo pra um cavalo só. Ainda assim, aquele potrinho, de um metro e meio e 40 quilos, não faz feio e honra todas elas, sem fazer imitação, mas mímesis autorizada, de quem sente na pele judaica o açoite do tronco negro. Judeu e negro são farinha do mesmo saco de pancadas. E que tal?! Depois de muitos anos, eles vão à forra e à farra. Queiram os branquelas ou não.

Sim, infelizmente, a história deste nosso repugnante gênero humano é uma história de revanches. Os negros que escravizaram os judeus no Nilo levaram a pior, muito depois, nas árvores, strange fruits, da rídicula Klu Klux Klan, nos EUA, composta por protestantes que séculos antes arderam nas fogueiras da Inquisição Espanhola. Os camponeses alemães famintos, do século XVIII, se vingaram, no século XX, nos judeus... E os judeus que sempre se lascaram, preferindo a Torá à tora, agora, finalmente, resolveram se vingar de tudo nos palestinos. Os palestinos, por sua vez, se vingam nas mulheres. As mulheres nos filhos. Os filhos nos cães. Os cães não se vingam. Recolhem-se sem compreender por que estes que elegeram seus melhores amigos, a quem devotaram toda a lealdade, lhes respondem com um chute no traseiro.

Mas a mulher, como disse Yoko Ono, e não John Lennon, como eu, num machismo inconsciente, misoginia de quem não tem autoestima, citei erroneamente, em crônica anterior, ainda é o negro do mundo. E ela, que queimou, bruxa, nas fogueiras da Idade Média, que ardeu nas chamas da fogueira das vaidades da Idade Mídia, que queimou o sutiã nas praças dos anos 60, esta fêmea da nossa espécie, depois de todos essas queimaduras sem ungüento, ainda é o negro do mundo, mais que o negro do mundo, slave of the slaves, ela é a negra do mundo e se chama Amy Winehouse. Durante seus primeiros anos de carreira, nas platéias de Amy não se via um único branco. Eu mesma, quando a vi, pela primeira vez, pensei que ela fosse nigeriana. Foi só quando ganhou sete grammies, que esta louca de pedra, desta nossa idade da pedra, que puxa o mulherio pelos cabelos e sai pra caçar brutalmente os animais, foi só quando, impedida pela moral americana, de pisar nos EUA, porque faz na cara de todo mundo o que 100 milhões de norte-americanos fazem às escondidas, leia-se: drogar-se, foi só quando seu gênio foi maior do que seu “mau” gênio e seu “menor” gênero e arrebatou todos os prêmios desta socidade dividida em winners e losers, que o mundo viu: Amy Winehouse não é negra. É judia. Porta uma estrela de David no pescoço, pede conselhos ao rabino de sua sinagoga no West End londrino. Peca e faz tatuagem, prática condenada por sua religião, come camarão e esfrega carne de porco no chapéu do Reb. Mas, ainda assim, seus vizinhos, negros e judeus, sua afilhada, negra, todos se orgulham dela. Porque, ó, Halleluia, ela é um gênio e está salvando uma cultura, duas culturas, as mais ricas de toda a nossa história, que se converteram em fontes de imbecilidades e reduto de energúmenos, hip hoppers e similares. Amy Winehouse rasgou seu sagrado coração de mulher negra e derramou o próprio sangue para honrar os judeus e os negros, as judias e negras, que inventaram o jazz, o soul, o rock ´n roll e até o samba brasileiro. Sim, foram os judeus e os negros que fizeram a melhor música de toda a nossa sangrenta, miserável, controvertida, maravilhosa, terrível história. E esta música que eu acreditei, desde que vi “The sound of music”, nos meus tenros seis anos de idade, criação dos judeus Rogers&Hammerstein, esta música que eu acreditei que iria varrer do mundo o nazismo, esta música divina música está salva pela judia-negra Amy Winehouse.

Acho engraçado a francesada ir às ruas para protestar contra Israel, quando, há apenas 60 anos, um pingo numa história de dois mil, apoiou o nazismo com a República de Vichi, em silêncio conspícuo. Quem são os franceses, o povo mais xenófogo do mundo, para protestar contra o governo israelense?! Somente os judeus, dentro e fora da diáspora, e apenas eles têm o direito de protestar contra o “seu” governo. Israel não foi presente de ninguém aos judeus. Foi uma dívida de toda a humanidade paga mal e porcamente pelos aliados, que dividiram a maior parte do lucro da Guerra, este grande business que continua a beneficiar os Morgan, os Vanderbilt, os Rockefeller e a Família Real Britânica. Estas famílias das quais somos todos, judeus, negros, goym, brancos, asiáticos, escravos. O grande presente de consolação que os judeus receberam foi sair de uma guerra pra cair em outra. Ainda assim, é preciso lembrar que, há milênios, esta região que ora se chama Palestina, chamava-se Judéia. Foi o Império Romano que, depois de invandir a Judéia e estuprar mulheres judias, deu de presente pros palestinos o território, obrigando os judeus a migrar, mais uma vez, para outras partes do mundo.

Olha, eu que fiz algumas mudança na vida, já fico cansada só de pensar nelas, imagine este povo, que vem se mudando, de território para território, há seis mil anos! Não é possível suportar uma coisa dessas. Aí, vem uma guerra e os sujeitos desta vez não podem sequer fugir. São internados em campos de concentração e aniquilados. Finda a guerra, outro império incipiente, desta vez, o norte-americano, lhes devolve a terra que o império romano havia tirado. A comunidade acha que está segura ali e dá com os palestinos de novo. Bom, no lugar deles, eu tocava fogo, até porque, na condição de mulher e feminista, eu não posso concordar com o islamismo. O feminismo é produto de judias norte-americanas, como Gloria Steinhem e Betty Fridan. O Islamismo, guiado pelo profeta Maomé – again: pelas barbas do profeta! , reza que mulher deve andar passos atrás dos homens e usar um chador em pleno global warming. Allah-la-ô, mas que calô! Além disto, os islamitas são contra o iluminismo e acreditam que a religião não pode ser dissociada do Estado. Mas deve ser o Estado. Cruz-credo! Ave Maria! Aliás, Maria, mãe do rabino Jeshua Ben Josef, que o mesmo império romano transformou, trezentos anos depois de sua aparição, no Jesus Cristo, da Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Helena Augusta, mãe de Constantino, teria gerado, segundo historiadores, Jeshua, de um estupro de uma mulher judia por um soldado romano. Porém, o Papa Ratzinger, membro da juventude hitlerista, não concorda com esta versão dos fatos.

Por trás desta revolta contra Israel, acredito haver ainda um grande interesse no dinheiro dos árabes, senhores do petróleo, oil wonderful oil, que polui o planeta e mata espécies que não têm nenhuma religião. Os europeus puxam o saco dos árabes, porque eles estão comprando a Europa inteira. A Sotheby´s londrina leiloa obras de arte, que não valeriam uma vassoura de piaçava, pelo preço de um castelo, pros árabes nouveau riches. E agora compram a solidariedade do povo francês, que não é solidário nem no brioche, muito menos na esfiha e/ou no falafel.


Mas o que ninguém se dá conta é de que os árabes estão mais preocupados em fazer oceanos no deserto e apartamentos de 36 milhões de dólares em Dubai, do que ajudar os palestinos, a quem eles consideram a escória do Islam. Então, estão puxando o saco errado. Eu morro de pena dos palestinos, nas mãos dos terroristas, mas não quero nem saber quem está com a razão neste conflito. Sou contra, de cara, ao advento dos homens-bomba. Este artefato, por si só, já seria suficiente, para mandar toda uma nação pra burca que pariu. Ainda assim, eu acho que, se o Hamas tivesse vergonha na cara, deixaria as crianças e as mulheres passar para o outro lado. Contudo, como saber se eles não iriam fazer deles cavalo de Tróia?! Porque eles colocam explosivos até nos filhos. Fico tonta só de imaginar isto.

Tento, pois, formular soluções para estes conflitos. Por exemplo, trazer os palestinos para o Rio de Janeiro, onde as mulheres só não usam véu, porque inventaram o fio dental. Nós, mulheres pensantes, migraríamos com os judeus para São Paulo. Só temo que, ao divisar além das fronteiras o progresso paulistano, os palestinos queiram virar paulistanos e queiram que os paulistanos se tornem palestinos. Acho que não dá também.

Creio, então, que só existe um ser capaz de extinguir a guerra do Oriente Médio, e ele se chama Amy Winehouse. Num momento em que Israel vê sua reputação abalada, ela, judia, poderia ser usada como arma de efeito letal, mas apenas para a fauna masculina. Imaginem o que seria, para os líderes do Hamas, ver aquele pedaço de mau caminho, cantando “you should be stronger than me”, rebolando contra o Hezbollah, com os seios ao léu.

Mas muito mais que isto. Amy Winehouse é um ídolo como há muito não se via. Capaz de mobilizar multidões inteiras, do alto de seus saltos sete e meio, seus cabelos B-42´s, e sua voz divina. Sem quase se locomover no palco, esta moça usa a maior arma jamais criada pelo ser humano: a feminilidade. E é um gás paralisante, com o qual os que a contemplam se asfixiam, para morrer em júbilo e ganhar o reino dos céus, sem violência, em paz, como dizem querer estes que a evocam, conspurcando a memória dos injustiçados.
No momento em que os chineses descobrem o maior sítio de dinossauros do mundo, que poderá explicar sua extinção. Nós, dinossauros hodiernos, já podemos imaginar como será a nossa saída triunfal. Porém, tentemos um grand finale deste homo sapiens, sob a batuta de uma artista de verdade. Não sei se sobreviveremos a tudo isto. Mas, se é para nos despedir deste planeta, o façamos com música e personalidade. E, ainda que Israel não tenha agido conforme a dança, não atiremos pedras no telhado destes vizinhos, porque o nosso é de vidro. E o telhado do povo judeu habita um violinista, que estudou seis mil anos, para tocar um violino. E nada soa e caçoa como ele. A não ser o gospel dos negros e o soul de Amy Winehouse.

No mais, “tem que haver o caos para que dele surja uma fulgurante bailarina.” Ecce uomo, digo, donna: Winehouse. Vinho caseiro sagrado, que nos oferta o cálice, reparte o pão que o diabo amassou, e, crucificada pela exposição absoluta, ressuscita e salva a nossa agonizante humanidade.

Amém! Que Allah esteja convosco! Que D´us os proteja! Que Deus nos acuda! Que o microscópio divino nos enxergue e descubra que bactérias o gás metano de ontem transformou, agora, nos monóxidos de carbono, extinguindo nosso original.



Mathilda Kóvak é escritora, compositora, roteirista. Tem seis livros infantis editados e um sétimo no prelo - Rocco, além do livro "Contos da Era do Fax", Ed. Mondrian, e o CD "Mahatmathilda, a evolução de minha espécie". E-mail: madmath@uol.com.br

Imprima este post

Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

  ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO  

^