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quinta-feira, 4 de junho de 2009

As chaves de plástico

Quando Freud publicou suas pesquisas sobre a compulsão à morte provocou surpresa e até rejeição. Ele se referia ao que não é muito evidente na complexa fisiologia mental e oferecia inúmeras provas sobre suas descobertas.

Atualmente, a humanidade ainda não percebeu que a compulsão à morte, ainda que seja universal, infectou profundamente o Irã.

Na guerra do Iraque e Irã, o aiatolá Khomeini faz uma estranha compra em Taiwan: 500.000 chaves de plástico. Saddan Hussein tinha se aproveitado do fato de que a revolução islâmica no Irã passava por um difícil começo e, atacou esse país, que estava em grande desvantagem. Khomeini decidiu. então, enviar à frente legiões de crianças, muitas das quais só tinham doze anos. Ordenou que a cada uma fosse colocada no pescoço uma chave de plástico, com a qual iriam abrir as portas do paraíso.

Uma das tarefas mais crués que se lhes determinaram foi limpar estradas e campos minados pelas tropas de Saddam Hussein. Os meninos avançavam, fazendo-as explodir com seus corpos. Assim, depois os soldados podiam entrar, com segurança.

O diário semi-oficial iraniano Ettelaat comenta que os meninos, entre 12 e 17 anos íam aos campos minados e logo depois, se viam nuvens de poeira.

Estas crianças pertenciam aos Basiji Mostazafan(Mobilizaçao dos Oprimidos), organização criada por Khomeini e da qual o atual presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, é um instrutor. Os Basiji superam a arrepiante Juventude Hitlerista por seu fanático amor à morte. É uma milícia de centenas de milhares de voluntários dispostos a ir com júbilo até sua própria destruição.

Antes de usar crianças, Khomeini até tentou usar burros e cavalos. Mas os burros e cavalos fugiam aterrorizados através dos campos.

Atualmete, os Basiji incorporam também gente de mais idade. Agora são usados como forças de choque contra qualquer protesto antigovernamental. Muitos desses adultos, com mais de 45 anos, são analfabetos e sem preparo militar. A única coisa que aprendem é a glória do martírio. Cada um possui uma faixa vermelho-sangue, que exibe a vontade de morrer. Eles foram utilizados contra os levantes estudantis de 1999 e 2003.

A tática empregada pelos Basiji na guerra é o ataque por ondas. Avançam contra o inimigo em cerradas formações. Não importa se receberão balas, granadas ou bombas, ou se voarão com a explosão de uma mina. O que importa é avançar sempre, em ondas, pisando o resto de companheiros que caíram. Com a queda das tropas inimigas, os guardas revolucionárias avançam. Nos três primeiros anos dessa guerra que durou oito, calcula-se que 450.000 crianças foram enviadas à frente de batalha.

Khomeini dizia que para acelerar o retorno de Mahdi(equivalente ao Messias dos judeus ou a segunda vinda de Cristo para os cristãos) é preciso lutar ferozmente contra o mal, que é a modernidade, com seus direitos individuais, a sensualidade, o pensamento racional paralelo à fé e o inaceitável pluralismo de idéias.

Em novembro de 2006, o presidente Ahmadinejad promoveu a Semana Basiji. Os dados assinalam que cerca de 9 milhões de Basiji, 12% da população, se manifestou a favor do presidente. Ele até proibiu música clássica nas emissoras oficiais, por considerá-la imoral. Sua posição apocalíptica foi mostrada numa entrevista pela TV, quando declarou que não há nada mais belo do que o martírio.

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